Conclusão foi extraída de pesquisa realizada pelo Conar e ABA que
analisou as normas de diversos países
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Leiferto defende sistema de controle misto |
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e a ABA
(Associação Brasileira de Anunciantes) apresentaram nesta sexta-feira, 20, um
estudo realizado em conjunto pelas duas entidades contendo um comparativo
global sobre as leis e normas que regem a publicidade infantil no Brasil e no
mundo.
De acordo com Gilberto Leifert, presidente do Conar, o objetivo era
deixar claro às entidades protetoras dos direitos das crianças, à sociedade
civil e também ao poder público, o quanto o Brasil está avançado no que se
refere às práticas de regulação da publicidade infantil em comparação a outros
países, que por questões econômicas são denominados desenvolvidos. “Muito se
tem dito sobre restrições na publicidade, o que é uma postura muito impositiva
para nós. Ao contrário do que se apregoa por aqui, o mundo não caminha para a
proibição da publicidade e o Brasil já adota práticas bastante restritivas”,
defende Leifert.
Segundo a pesquisa, a norma ética sobre merchandising no Brasil
relacionado a crianças submeteu a atividade a um rigor não atingido sequer nos
países que se destacaram como sendo os de mais rigorosos controles, como Reino
Unido, Espanha e Suécia.
Na Suécia, aliás, citada como referência por algumas associações da
sociedade civil, os comerciais destinados as crianças estão banidos somente na
TV aberta. O outro local no mundo onde ocorre a proibição é em Quebec, uma das
dez províncias do Canadá.
Leifert sustenta que existe uma tendência mundial no que se refere ao
fortalecimento das entidades de autorregulamentação como é o caso do Conar. “O
trabalho do Conar é cuidar dos princípios éticos. Defendemos a liberdade
comercial”, comenta. Ele acredita nos bons resultados do sistema misto de
controle da publicidade que combina legislação, autorregulamentação e códigos
setoriais.
A pesquisa será levada inclusive para a Câmara, onde está tramitando o
projeto de Lei 5.921 que foi aprovado esta semana em sessão ordinária a
Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara
Federal e que pretende restringir ou banir publicidade para menores de 12 anos.
Volume de publicidade para as crianças
Rafael Sampaio, vice presidente executivo da ABA, também apresentou um
estudo realizado no período de 11/12/12 à 10/01/13 com uma amostra sobre o
volume de publicidade direcionado a crianças na televisão aberta e por
assinatura. A amostragem considerou 100% dos intervalos comerciais e foi
realizada pelo Ibope Media, que por sua vez, utilizou três ferramentas
regulares: Monitor Evolution, Media Workstation e Easy checking.
No caso da TV aberta, foram computados 135 mil inserções de todos os
tipos durante o período. Desses, quase 52 mil são de comerciais que fazem
referências a produtos, serviços e empresas, sendo 6.475 veiculados nos
programas com audiência de 35% ou mais de crianças e apenas 1661 veiculados nos
programas com 50% ou mais de audiência.
Ja ná TV por assinatura, mais de 700 mil inserções foram veiculadas, sendo um pouco mais de 221 mil comerciais de produtos, serviços ou empresas, e quase 135 mil nos canais infantis. No total, apenas 7,5% das mensagens no veiculadas no período dão destinadas ao target. Segundo Sampaio, não foram detectados comerciais que infringissem as Leis de restrições â publicidade infantil.
Ja ná TV por assinatura, mais de 700 mil inserções foram veiculadas, sendo um pouco mais de 221 mil comerciais de produtos, serviços ou empresas, e quase 135 mil nos canais infantis. No total, apenas 7,5% das mensagens no veiculadas no período dão destinadas ao target. Segundo Sampaio, não foram detectados comerciais que infringissem as Leis de restrições â publicidade infantil.
Fonte: http://www.meioemensagem.com.br
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